Em conversa com a Contigo!, o ator Paulo Gabriel revelou tudo sobre Áquila, seu personagem em Paulo, o Apóstolo; saiba mais
Paulo Gabriel viveu o profeta Aías em Reis, e também viveu Áquila em Paulo, O Apóstolo, superprodução da Record TV que estreou em julho e se encerrou em setembro. Na trama, Áquila é um judeu que se apaixona por Priscila (Dani Moreno), uma romana, e enfrenta os desafios de viver um relacionamento considerado inadequado para a época. Unidos pela fé e pelo amor, o casal encara expulsão, perseguições e uma jornada marcada por resiliência e coragem. Em entrevista a Contigo!, o ator contou tudo sobre a trajetória na obra e como a experiência o transformou.
Para Paulo, dar vida a Áquila foi uma experiência transformadora.“Conectar-me à história de Paulo foi um presente. É uma narrativa que fala de autotransformação, fé e resiliência”, contou o ator, que também destacou as reflexões pessoais que a trama lhe trouxe. Além da série, disponível na Record TV e Disney+, ele já se prepara para o próximo desafio nas telonas: o longa Vale dos Sinos, obra que promete emocionar ao abordar com sensibilidade o tema da saúde mental.
Paulo Gabriel em Paulo, o Apóstolo
Seu personagem Áquila vive uma história intensa de amor e fé em “Paulo, O Apóstolo”. Como essa vivência nos bastidores e no set mexeu com a sua própria forma de enxergar relacionamentos e espiritualidade?
“A cada trabalho que mergulho sempre há uma nova chance de (re)olhar lugares dentro de si. Não que seja isso seja uma obrigação, mas acredito numa atuação que mova primeiro o ator a um movimento interno de paralelos ao vetor principal da personagem- o que move a personagem- antes de externalizar o texto previsto no roteiro. Em Aquila, pude pesquisar na história da personagem, criando paralelos na minha e em conjunto com a minha parceira de cena, Dani Moreno, pesquisamos a intersecção que unia esse casal e o que os tornou um exemplo de conexão de carne espírito. E estando presente no ato da feitura é inevitável refletir sobre. O viver contemporâneo, em 2025, é um ato de certa maneira altamente intenso, muito diferente do modo de viver de nossos pais e avós e que diríamos quando olhamos ainda mais para trás, sobre então a era de Cristo. Os tempos são outros, antes mais dilatados hoje bem mais comprimidos. E nesse tempo do hoje, as relações se tornaram líquidas, superficiais e instantâneas. Estes projetos épicos, que pulsam em outro tempo, sempre são uma oportunidade de reflexão, sobre nós inseridos na sociedade de hoje e do ontem, sobre o comportamental humano, sobre nossas crenças e também religiosidades. Conectar-me a história de Paulo – das mais belas jornadas a serem contadas- foi um presente. Afinal, quantas vezes somos deparados em desistir? Em não seguir? Em que somos testados ao limite na nossa caminhada ? seja isso em relações amorosas, profissionais ou familiares. São muitas janelas de debate, e sem dúvida a autotransformação em destaque. Sou grato por participar de tão simbólico conteúdo e que me conecto com muita entrega ao sentido do todo proposto.”
Interpretar Áquila exigiu mergulhar em um período histórico repleto de desafios e costumes distintos dos atuais. Qual foi o maior aprendizado pessoal que você leva dessa experiência?
“Em hábitos e costumes certamente é outro tempo, mas dos aspectos humanos, podemos mergulhar em Obras longínquas e as questões do humano sempre serão as mesmas e com Áquila não seria diferente. O aprendizado de Aquila é ter em seu gráfico em negrito as palavras ‘transformação, serenidade e mansidão’. E apesar da intensa caminhada de desafios da personagem- o que para o ator é um presente – Áquila se mantém em retidão, no eixo da sua missão que se propôs. Vai até o fim com todas as consequências. E para mim, levar essa tríade que se funde na palavra resiliência, na busca do que almeja, cria inevitavelmente por força dos contextos, paralelismos entre as carreiras artísticas com as religiosas – caso da personagem – e reforça uma crença que carrego: ambos os ofícios são simbióticos no que tange ao exercício diário, contínuo e sem alardes. É ir e fazer sempre o melhor e transformar e conectar as pessoas através da reflexão de uma boa história!”
Vale dos Sinos
Você está em um momento de transição entre dois projetos marcantes: a série bíblica e o filme “Vale dos Sinos”, que aborda saúde mental. Como equilibra a preparação emocional para papéis tão diferentes e ainda encontra tempo para cuidar de si?
“É um tanto o dia a dia do ator, estar entregue em um processo, como foi em Paulo o Apóstolo, e aos poucos se desligar para se conectar a outro conteúdo, de naturezas completamente inversas. É um eterno começa ciclo e encerra ciclo. Este ofício é uma maravilha, pois permite aos aventurados das artes, viver múltiplas ”vidas”, status e profissões, sou um sortudo por ter canais, parceiros, diretores que confiam a mim estes desafios múltiplos. Sim, são opostos, em Paulo, interpreto Áquila,que vive no espectro da luz, um homem a serviço de Cristo, já em Vale dos Sinos, vivo Iam, que habita o espectro da sombra, agnóstico e desacreditado em tudo e todos. Isso, essas oposições são boas ao ator, temos luz e sombra enquanto humanos, e exercitar ambos os lados nos torna mais conhecedores de nós mesmos e do outro. Em termos práticos, ambos papéis necessitam de preparação prévia para se conectar e deixar aquele vibrato da personagem ressoar e também ficar ali no set. Se é pesado, fica ali. Se é leve, também fica ali. Brinco que faço um empréstimo do meu aparelho psicofísico as personagens pra lá na frente ver isso tridimensionalizado nas telas ou nos palcos e todo dia ao término, quando coloco minha roupa pessoal, volto ao meu eixo pessoal- da minha pessoa física. Vale dos Sinos é um projeto independente, da minha produtora, que complementa outros trabalhos que tenho feito sobre saúde mental, como o Longa Fatalidade que debate etarismo de forma ampla, com estreia para 2026, com Débora Duarte e Paloma Bernardi e Águas do Litígio, com Fernanda Viacava e Murilo Meola, que debate a violência contra a mulher, estes 2 últimos trabalhos assino à Direção dos filmes. O cuidar de si é um capítulo essencial ao ator, pois na nossa agenda, devemos encontrar o espaço e tempo para nossos ritos para manutenção do equilíbrio. Eu uso das técnicas práticas do De Rose Method SwáSthya Yôga e das práticas de caminhadas em áreas abertas, como ferramentas para uma boa harmonia no dia a dia.”
FONTE:
Paulo, o Apóstolo: Paulo Gabriel revela mudanças durante gravações da novela
Adaptação do Conteúdo: Redação Site Paulo Gabriel
Importante: Este editorial tem como finalidade de informar e divulgar o projeto e o trabalho do Ator Paulo Gabriel através da fusão de matérias relacionadas ao trabalho em questão, sem o intuito de ferir a autoria dos jornalistas e profissionais de comunicação envolvidos.